domingo, 11 de setembro de 2016

Eu, você e a garota que vai morrer - Jesse Andrews

Eu, Você e A Garota Que Vai Morrer

Sinopse:

"Livro que deu origem ao filme vencedor do Festival Sundance 2015, nas categorias Público e Crítica, com estreia marcada para 12 de junho nos EUA, Eu, você e a garota que vai morrer é uma mistura perfeita entre drama e humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade. Crossover com enorme potencial no segmento young adult, o romance é perfeito para fãs de livros e filmes como A culpa é das estrelas e As vantagens de ser invisível."

 Resenha:

     Em Eu, Você e a Garota que Vai morrer, conhecemos a história narrada por Greg que é um garoto um tanto desleixado com as coisas da vida, e que não tem muitos amigos por opção, ele tem somente um amigo chamado Earl, que segundo ele não é bem um amigo, mas um colega de trabalho, já que eles fazem paródias de filmes nas horas vagas, a história começa quando em prólogo Greg decide esquever um livro de ante mão dizendo que ele está escrevendo pois parou de fazer filmes, já que o último deles matou uma passoa. No primeiro capítulo ele recebe a notícia de sua mãe que uma de suas namoradas antigas Rachel está com câncer e o obriga a sair com ela.
     A partir da ai o autor vai fazendo com que a curiosidade do leitor desperte para descobrir mais sobre a mente de Greg e essa história bastante incomum e nada clichê, que fez com que várias pessoas falassem mal deste livro que por acaso eu gostei muito. O que me vem quando vejo tanta gente falando mal deste livro é que as pessoas vão lê-lo pensando que vão encontrar um "A Culpa é das Estrelas" ou coisa parecida, o que desde início o autor deixa bem claro que não. Ler os pensamentos de Greg pra mim foi uma coisa bem divertida e empolgante já que ele é muito engraçado e diferente dos personagens que estamos acostumados nesse tipo de história, e apesar disso não se desenvolver tanto, vemos nas entrelinhas também que apesar de tudo Greg tem uma certa "amargura" mesmo tendo optado por não ter amigos, para não sofrer bullyng na escola.
     Eu gostei bastante da personalidade dos três personagens principais e gostaria que o livro tivesse desenvolvido mais cada um deles, mas entendo que essa não era a proposta do autor. Uma coisa que Eu levei como ponto "negativo" do livro, o fato do autor não desenvolver tanto os personagens no fim do livro, mas isso não fez o livro ser ruim, como eu disse me diverti muito lendo, e recomendo bastante a todos a entrarem da cabeça desse moleque estranho e super engraçado que é o greg.
    A propósito, acho que pouca gente sabe, mas tem o filme do livro, que é muito legal também, só que com uma proposta diferente da do livro,o final por exemplo, eu tenho minhas dúvidas de qual dos dois eu gosto mais, já que no filme é mais desenvolvida a amizade de Greg e Rachel, e no filme, a amizade de Greg e Earl, adoraria ter um mix dos dois finais. Está recomendada a leitura.
    Por último, a edição do livro que eu amei, a capa e a diagramação e detalhes dentro, Fabrica 231 ta de parabéns, fora o fato que eu adorei e achei genial, algumas partes do livro que são escritas em formato de roteiro de cinema que eu amei.

sábado, 10 de setembro de 2016

Resenha: O Dom - Nikita Lalwani


O Dom

Sinopse:

"Rumi Vasi é uma garota-prodígio, com habilidades muito especiais em matemática, desde o jardim de infância. Nascidos na Índia, mas vivendo no País de Gales, os pais de Rumi impõem à filha um isolamento total do mundo de que tanto desconfiam. Fazem com que ela fique sob uma rotina rigorosa de estudos até entrar na Universidade de Oxford com apenas 14 anos. Impedida desde criança de ter uma vida normal, a menina solitária, sempre obcecada pelos números, vai descobrir que vida não é uma ciência exata."

Resenha:

O livro O Dom, é dividido em três partes em tempos diferentes da vida de Rumi, que é uma garota indiana prodígio da matemática, que mora com os pais na Europa, lá pela década de 80 e um dos aspectos principais que o livro aborda por causa disso é o choque de culturas, já que os pais de Rumi são "indianos fervorosos" em todos os quesitos: namoro, estudo, machismo, e ela passa por muita coisa desde criança, já que ela cresceu vendo os costumes ocidentais. Eu nunca tinha lido um livro escrito por uma indiana, ou seja, esse livro me tirou bastante da minha zona de conforto e de fato me incomodou, não porque o livro é ruim, na verdade é muito bom, mas todo o pensamento e criação que os pais de Rumi dão a menina, dão um choque de realidade na gente e nos faz refletir na cultura deles e até tentar entender, já que pra nós toda essa forma de pensar é meio absurda. Além disso a autora também mostra Rumi como uma adolescente/criança que quer ser "normal" do ponto de vista ocidental, fora os outros personagens que também são discutidos pela autora nesses quesitos como, na amizade entre o pai de Rumi (Mahesh) e seu amigo europeu, os amigos de infância de Rumi, a primeira paixão de Rumi, seu irmão mais novo (Nibu), etc.
Durante a leitura é bem perceptível as mudanças no desenvolvimento da personalidade de Rumi nas três fases da vida que são apresentadas, e a autora consegue mostrar isso fazendo o leitor se colocar no lugar dela e pensar como agiria na situação, a diferença é que aquela é a realidade que Rumi de fato conhece, então apesar de certas vezes, estranha ou irritante,são coisas que dá para entender.
Eu gostei bastante da leitura, me fez refletir bastante como eu já disse e finalizar com algumas perguntas ao respeito de Rumi como "Será que Rumi de fato gostaria de viver por matemática e ir para Oxford apesar de ter esse dom?" sem querer dar spoiler, mas essa é uma questão que vem ao fim do livro.
Falando em final, uma coisa realmente intrigante é o final, que apesar de me deixar sem conseguir realmente saber se o que a protagonista fez foi de fato "certo", acabou dando uma sensação boa em mim. Eu vi várias resenhas de pessoas que diziam querer mais do final, eu particularmente achei suficiente e bom para deixar o leitor de ressaca, como eu fiquei, mesmo sem ter ido com muitas expectativas a livro, mas no fim acabei recomendando bastante ele.