domingo, 21 de agosto de 2016

O Lado Bom da Vida - Mathew Quick


Sinopse: 

"Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele 'lugar ruim', Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. Tentando recompor o quebra-cabeça de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com o pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida."

Resenha:

O lado bom da vida basicamente fala de um cara de 34 anos que ficou doidão depois que foi traído pela mulher, o que é meio exagerado e levemente "afetou minha masculinidade", ele passa alguns anos num hospício, quando ele sai o objetivo dele é recuperar a mulher dele: Nikki, ele é obcecado por ver o lado bom das coisas, daí o nome do livro. Quando ele sai, tenta recomeçar a vida dele, porém isso se torna difícil pelo fato de as pessoas sentirem medo dele, mas ele não lembra do porque, nem do que ele fez no passado para que isso ocorresse, eu não vou entrar nesse mérito porque seria spoiler, mas o objetivo de vida dele após sair do hospício é recuperar Nikki. O Lado Bom da Vida é aquele tipo de livro que você lê rápido e sem muitas expectativas, já que o drama criado pelo autor é extremamente exagerado e desnecessário e não mostra nenhum tipo de recuperação ou superação do personagem. A melhor parte do livro é o trrabalho da editora intrínseca com a mistura da capa original do livro, com a capa do filme que por acaso é infinitas vezes melhor que o livro ao meu ver, eu assisti após ler o livro e  não sei se por ser um filme foi retirada aquela coisa pesada e exagerada demais do livro, mas é muito mais leve, engraçado e bonito de se ver e também quebra aquela coisa do final mal resolvido e sem nenhum tipo de ensinamento, ou o minimo de superação do personagem no livro, o filme também é  mais romântico e louco de um jeito mais esperado e maravilhoso, enfim tudo que o livro deveria ser só que menos desenvolvido pelo fato do filme só ter umas duas horas. Eu acho que o autor queria que o livro gerasse lágrimas, mas na real ele gerou um drama maçante e irrelevante.
    Apesar de tudo isso, acho que não vou desistir do autor, tenho até outros livros dele na minha lista, como por exemplo: "Perdão, Leonard Peacock" No fim só pra resumir o que já disse, eu não recomendo o livro mas quem quiser tirar a prova, é sempre bom, aparentemente transformei a minha resenha numa divulgação do filme, mas tive que ser sincera e digo: assistam o filme.

sábado, 20 de agosto de 2016

A Menina Que tinha Dons - M. R. Carey


Sinopse: 

"Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231. Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico."

Resenha:

Antes de ler esse livro e conhecer Melanie, é preciso saber o impacto que esse livro traz, não é o melhor livro que eu ja li, nem o pior, não tenho palavras pra descrever o sentimento que esse livro traz. É aquele tipo de livro que você não sabe se gostou ou não, mas tem certeza que ele te acrescentou alguma coisa.
    Talvez eu comece a dar uns spoilers aqui e não perceba então se você é do tipo que surta com isso, não recomendo esse texto. 
    Pra começar, quando comecei a ler o livro esperava uma historia mais fantasiosa e menos séria, como é realmente, no decorrer do livro a autora vai mostrando que sua proposta na verdade é o mundo distópico que ela criou, muito parecido com os conhecidos filmes e livros apocalípticos, porém com personagens inesperados e de personalidade forte que cativam, nada de mocinhos 100% bonzinhos, seres humanos normais, claro, uns piores que os outros, mas nada "romântico" demais, tem umas coisas muito criativas que a autora adicionou ao seu apocalipse que deixaram a historia bem mais interessante, como por exemplo, uma prisão cheia de crianças, a personalidade destas crianças, principalmente a de Melanie, que é explorada no decorrer da aventura, e tenho certeza que ela levou um pedaço do meu coração, ao ponto de fazer o leitor querer entrar na historia para salvá-la, até um certo ponto... Isso foi uma jogada sensacional da autora, mostrar o apocalipse aos olhos de uma criança afetada pelo vírus que o criou. Além disso, também veio em mim uma coisa que não sei se quem leu esse livro concorda comigo, mas a forma de Melanie amar a Srta. Justine as vezes é meio meticulosa e por consequência, as vezes ela age como uma adulta, de um jeito meio assustador. O final do livro é o que traz o maior questionamento da consciência "infantil" de Melanie no livro.
      Até que ponto o ser humano é bom ou ruim, e tem consciência disso? É uma das discussões que vem a cabeça de quem lê o livro.  
     Os personagens desse livro fazem você enlouquecer com suas personalidades extremamente distintas e intrigantes certas vezes, TODOS ELES, Alguns chegam a estraçalhar a sua mente, o ser que escreveu essa obra conseguiu fazer você sentir compaixão dos personagens mais odiáveis, e fazer os atos heroicos dos outros serem ruins de alguma forma, diria que esse livro elevou o meu nível de psicopatia. Recomendo a todos que curtem sentimentos fortes, aqui garanto que terão, e também digo que esse livro, vai fazer você questionar sobre a razão e os sentimentos humanos.
      Esse livro me mudou, de um jeito tão sinistro que até hoje eu não sei como, talvez tenha sugado algo bom de mim, ou acrescentado algo ruim. Garanto que me penetrou de alguma forma e vai acontecer com você também.

domingo, 7 de agosto de 2016

O Vilarejo - Raphael Montes

O Vilarejo


Sinopse: 

"Em 1589, o padre e demonologista Peter Binsfeld fez a ligação de cada um dos pecados capitais a um demônio, supostamente responsável por invocar o mal nas pessoas. É a partir daí que Raphael Montes cria sete histórias situadas em um vilarejo isolado, apresentando a lenta degradação dos moradores do lugar, e pouco a pouco o próprio vilarejo vai sendo dizimado, maculado pela neve e pela fome."

Resenha:

Além do trabalho incrível da editora Suma de Letras na parte de dentro do livro e na capa, O Vilarejo, é definitivamente o melhor livro de terror que li até agora, sem exagero nenhum. E é com muito orgulho que digo que o autor de O Vilarejo é brasileiro, e ele honra nossa literatura brasileira que não é muito conhecida ou destacada na  ficção. Com seus contos, que se ligam, arrepiam e te deixam sempre em confusão com seu próprio interior, Raphael Montes, desafia o seu entendimento de "até onde é capaz de chegar o ser humano quando posto em situações extremas ou de risco?", além de fazer críticas perfeitas sobre a sociedade e o psicológico racional e irracional dos seres humanos, o autor ainda conseguiu me fazer arrepiar em algumas partes do livro. E por fim sem dar nenhum spoiler para não atrapalhar a sua viagem, alerto: Raphael Montes tem o poder de te alienar, dominar e te fazer entrar na historia com sua escrita penetrante, ao ponto que eu mesma terminei de ler acreditando que tudo escrito ali era verdade, não que eu esteja negando, até porque... você nunca esteve no Vilarejo, como eu... Não que eu tenha dito que ele é real.. Talvez você devesse ler para descobrir... Se é que há algo para descobrir... Cuidado com O Vilarejo, talvez seja uma passagem só de ida. Mas ao invés de ler o pergaminho que eu poderia escrever falando sobre este livro, leia O Vilarejo e tire suas próprias conclusões...

sábado, 6 de agosto de 2016

Resenha: A Vida na Porta da Geladeira - Alice Kuipers

A Vida na Porta da Geladeira


Sinopse: 

"Claire, de 15 anos, e sua mãe têm uma rotina muito atribulada. Nos raros momentos em que a mãe está em casa (ela é obstetra), a filha está na escola, com amigos ou com o namorado. Resultado: as duas quase não se veem e se comunicam deixando recados na porta da geladeira. Esses recados vão desde cobranças banais [Oi, MÃE! (Que eu NUNCA MAIS vi!)] até revelações tocantes e contundentes por parte de mãe e filha durante o penoso tratamento do câncer de mama da mãe, num ano que se revelará decisivo para as duas. Em seu romance de estreia, Kuipers capta a ansiedade por trás da tragédia e revela a importância de viver a vida intensamente, lembrando ao leitor a necessidade de encontrarmos tempo para as pessoas que amamos mesmo em momentos de dificuldade e desafios."

Resenha:

A Vida na porta da geladeira é um livro genial e extremamente criativo que narra através de bilhetes na porta da geladeira, o drama de uma mãe uma filha que se veem raramente. Infelizmente esse livro é muito desconhecido, então é provável que você nunca tenha ouvido falar, mas eu garanto que é a leitura deste livro é uma inspiração pra vida toda, e deve ser relido em outras fases da vida independentemente de que lado você esteja (mãe ou filha). No decorrer do livro é possível ver como vai oscilando o comportamento e a personalidade da filha Claire e de sua mãe devido aos acontecimentos, tentando não dar tanto spoiler, podemos ver uma grande evolução das duas durante a leitura. Eu particularmente me identifiquei bastante com esse livro já que eu moro sozinha com a minha mãe e ela costuma trabalhar o dia todo, então eu recomendo este livro principalmente para filhos de mães solteiras ou pais solteiros (ou seja la com quem você more, mas que se pareça com esta situação). O tiro literário da autora é tão profundo (mesmo com um livro que não possui tanto espaço para isso por ser passado por bilhetes) que chega a tratar de outros temas, como namoro, amizades, maturidade, doença, tristeza e ao meu ver principalmente: arrependimento. Enfim, de fato um livro que dialoga com um pouco da vida de cada um, ou seja mesmo que a sua vida não se enquadre na história do livro, acho bem provável que você se identifique com alguma parte do livro. Apesar de tratar de um um drama familiar com bilhetes o que faz parecer que a autora precisaria de muitas paginas, o livro é curto e você consegue ler em uma sentada (fora o fato de não conseguir parar de ler). Uma leitura rápida mas que demora pra sair de você.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Delenda e o Vale dos Segredos de Amanda Reznor - Resenha.

Sinopse: ''Vale dos Segredos é um lugar. Tão real quanto eu ou você e o que habita o nosso imaginário. E, como todo lugar, preserva as digitais dos séculos que o tempo em vão tenta apagar. Mas elas, como impressões virtuais refletidas num ponto qualquer do universo, perseveram. Delenda é uma dessas histórias que rega o Vale. Cláudia Blaise é uma garota quase comum: vive com sua avó em um bairro nobre, sustentada por uma gorda pensão deixada por seu avô. A única coisa que a difere de seus colegas da faculdade é que ela não conhece a mãe, que sumiu após o parto, e o pai, que foi assassinado no mesmo dia em que ela nasceu. No seu décimo oitavo aniversário, porém, uma surpresa está para alterar todo o rumo de sua vida. Mas o que vem disfarçado de um presente tentador pode ser, na verdade, uma cilada de encantos, mistério e morte... Será que ela descobrirá os importantes enigmas do Vale dos Segredos e, mais importante, saberá como escapar desse terrível labirinto? Viaje em um mundo no qual superstição e ceticismo se encontram, morte e vida dão as mãos, espelho e reflexo dançam. O Vale esconde muitos segredos e você está prestes a desvendar alguns deles, junto à jovem protagonista Cláudia, que estará tão perdida quanto o leitor, num ambiente hostil e entre pessoas estranhas. Suspire, reflita, sofra – ao final de tudo, você verá, a profecia pode se mostrar mais real do que a ficção... ''


Resenha: 

Pra começar preciso falar dessa capa... Se a história não fosse tão fod** e cativante, eu não teria nem pensado em comprar, meus pêsames pela Amanda Reznor que fez uma história incrível dessas com essa capa "exótica" (com todo respeito) que parece que foi feita com aquelas imagens fuleiras do google. 
    Perdão o desabafo, agora voltando a história vai falar sobre uma garota chamada Cláudia que mora com sua vó e tem uma vida pacata em um bairro qualquer, até que no seu aniversário de dezoito anos sua vida muda, não, não é porque agora ela pode beber, dirigir ou ver filme pornô. Após sua avó receber uma caixa e de ocorrerem acontecimentos X que não citarei envolvendo morte e um mistério ao redor de sua vida, fazendo com que Cláudia vá parar numa vila, a história realmente se desenrola e vão acontecendo inúmeras coisas sobrenaturais que você sendo um ser cético e a própria Claúdia duvidarão, tudo isso em meio a descobertas que Claúdia fará sobre sua família. Eu não colocava muita fé nesse livro mas ele me surpreendeu, enquanto sua capa  "exótica" se mostra, o interior do livro é realmente lindo e personalizado com imagens assustadoras diversas vezes, muito criativas de fato. O livro é incrível e muito surpreendente (sim eu repeti que ele é surpreendente) porque esse é o adjetivo que mais se encaixa, e se você é um daqueles que desvenda filmes e livros de terror na metade, aposte nesse livro, duvido que consiga desvendar e sair mentalmente intacto do vale dos segredos. Não posso deixar de citar também os personagens muito bem elaborados e cheios de personalidade como Maurício, Maria e claro, a própria Cláudia. SUPER RECOMENDADO, aquele tipo de história que te fascina nos detalhes, Amanda Reznor, sua linda, ta de parabéns, necessito da continuação sinceramente, quando terminei de ler o livro fiquei meia hora viajando no que eu tinha lido, faz um tempo que não viajava numa história assim daquelas que te faz arrepiar, obrigada.


"Um espelho de mão ovalado e límpido, pedrinhas coloridas encrustadas simetricamente na moldura envolvendo o vidro, devolvia o olhar de sua observadora, que lia atentamente a inscrição antiga: Delenda [...] Seja o que for, é uma palavra bonita, achou ela, admirando o próprio reflexo sem se dar conta de que, ao mesmo tempo, era também analisada por um temível observador...”


Primeira postagem.

   E aí brothers, meu nome é Ana Carolina, eu sou a adm da conta @leitureira do instagram, e não sei o que deu nessa minha mente louca de adolescente do século XXI que resolvi fazer um blog, pra falar a verdade, eu já pensei em fazer um blog muito antes, mas nunca amadureci a ideia porque me sentia desencorajada por diversos fatores, me expondo um pouco mais do que eu gostaria, assumo até que já fiz um blog com uma amiga uma vez sobre coisas fúteis quaisquer que eram moda na época, mas nesse blog aqui vou falar das coisa que eu gosto (e não gosto também), que você gosta (e não gosta também) no caso focando em livros, series e filmes. Talvez futuramente eu traga umas curiosidades bacanas também, apesar do nome leitureira eu não vou falar só de livros aqui (podem começar com as teorias da conspiração que é possível se ler um filme porque ler, vem do grego...), acho que esse é o tipo de coisa que eu faria, isso é só uma parcela das minhas viagens que eu provavelmente vou fazer, nas minhas resenhas de livros ou postagens e tal. Por fim é isso que tenho a dizer nessa apresentação por enquanto, espero que curtam o meu blog.

P.S. Ignorem o título estupendamente criativo da postagem.